Um estudo realizado pela nutricionista Ana Carolina Franco de Moraes, no âmbito da sua tese de doutoramento, estabeleceu uma relação positiva entre a adoção de dietas vegetarianas e vegan, em Adventistas do Sétimo Dia, no Brasil e a presença de uma microbiota mais favorável, numa amostra de mais de 300 participantes.
Este estudo faz parte de um projeto de investigação mais alargado (ADVENTO - Análise da Dieta e Hábitos de Vida na Prevenção de Eventos Cardiovasculares em Adventistas do sétimo dia), que investiga cerca de 1500 Adventistas do Sétimo Dia, entre os 35 e os 74 anos de idade e que "analisa a relação entre o estilo de vida adventista e a prevalência de fatores que podem levar a doenças crônicas, especialmente cardiovasculares. Os resultados da população adventista também serão comparados com pessoas grupos da população em geral."
Os resultados da investigação da Dra. Ana Carolina Franco Moraes "indicam que os vegetarianos apresentaram uma colonização bacteriana mais favorável, que por sua vez, influencia o perfil de risco cardiometabólico. Esses dados são coerentes com o papel da alimentação saudável – rica em verduras, frutas e legumes – em preservar o metabolismo energético mantendo um adequado perfil cardiometabólico."1
A investigadora sugere ainda que uma "exposição crescente a alimentos de origem animal" pode ter um impacto negativo nas proporções de comunidades bacterianas.
Aparentemente, este estudo vem corroborar as conclusões de um outro publicado em 2014, por Marian Glick-Bauer e Ming-Chin Yeh e que pode ser consultado aqui, em inglês.